[Resenha] Amar tá osso

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Amar tá osso 

Autor(a): Vanessa Bosso 

Editora: Astral Cultural 

Ano: 2018 

Número de páginas: 256 

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Sinopse: Cléo tem certeza que possui o dedo podre para escolher namorados e decide fugir de relacionamentos por um tempo. Para sufocar o amor que existe dentro de si, ela se dedica de corpo e alma à clínica veterinária que tem em sociedade com sua irmã, a Franciscão. Mas, em uma manhã sossegada de domingo, dando uma caminhada com os seus dois filhos peludos, Cléo é pega de surpresa por um tiroteio que resulta em um cão ferido. A partir daquele momento, a vida da veterinária sofrerá uma guinada fenomenal. Apesar de amar tá osso nos dias de hoje, o amor existe dentro de você. Liberte-o!

Começo a resenha dizendo para não julgar o livro nem pelo título e nem pela sinopse. “Amar tá osso” me surpreendeu de uma forma muito positiva, pois li a sinopse e pensei em uma história completamente diferente da qual eu li. 

Eu fui com a expectativa de encontrar uma história engraçada de uma protagonista com dedo podre para escolher namorados e que a narrativa giraria em torno dessa premissa. E de fato, a protagonista Cléo, tem MESMO o dedo podre na escolha de parceiros, mas não é apenas disso que a história é feita. 

“Gosto de pensar que a vida é como um shopping center, onde escolhemos aquilo que vamos comprar.” 

Cléo é veterinária e apaixonada por cães, e aqui logo de cara eu já me identifiquei com a personagem e a história começa com a ida da protagonista em uma vidente, indicada por sua irmã, para saber mais sobre sua vida amorosa. 

Acontece que a vidente não dirá apenas coisas que Cléo que ouvir, e no impulso Cléo chega à conclusão que quem faz o destino é ela mesma. Mas sabemos que não é bem assim que as coisas acontecem. Aliás, até fazemos escolhas em nossas vidas, mas o destino nos prega peças e envia situações inimagináveis para passarmos. 

"- Quero uma conexão verdadeira, cara a cara. Quero encontrar uma pessoa do jeito antigo, numa trombada, em um supermercado, talvez até em uma viagem. Depois disso, quero viver a troca de olhares, o frio na barriga, os subsequentes sorrisos idiotas, aquela gagueira apaixonada... essas paradas legais." 

E isso que acontece com Cléo, após um assalto, uma cadela ferida e um dono desesperado, ela terá a sua vida amorosa virada de pernas para o ar, e ela nem imagina que as previsões da vidente não seriam tão irreais assim. 

“Eu desejo que a vida seja maravilhosa, repleta de alegrias, momentos memoráveis e essas coisas legais que acontecem em comédias românticas na televisão ou nos livros. Infelizmente, não tem nada disso no cardápio.” 

A leitura é na primeira pessoa, os capítulos são bem curtinhos, uma narrativa rápida (li em um dia), muito agradável, leve. Os personagens são muito bem construídos e eles amadurecem no decorrer da narrativa, uma temática diferente e uma pitada de espiritualidade. 

Falando em personagens, nesse livro há dois personagens extremamente fofos: Loki, um Golden retriever peludo e hiperativo e Oslo, um Ihasa apso idoso, tranquilo e um pouquinho ranzinza. 

Com relação a edição, a capa está linda demais e a Editora Astral Cultural está de parabéns com a revisão e diagramação do livro. 

Venha dar boas risadas e suspiros com Cléo, seus cachorros e todos os personagens de “Amar tá osso”.

"Finalmente, compreendo o que os gurus dizem sobre o presente. Ele pode ser eterno se você realmente estiver cem por cento focada."