[Resenha] Horizonte Azul

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Horizonte Azul 

Autor (a): Natalia Moreno 

Editora: Coerência 

Ano: 2019 

Número de páginas: 268 

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Sinopse: Após uma infância cercada de luxo, Antonella Collins se torna uma jovem que sabe aproveitar a vida com todo o conforto que a cidade grande e o dinheiro podem proporcionar. Herdeira de uma rede hoteleira e sem grandes preocupações com o futuro, abre mão do sonho de se tornar artista e concorda com um casamento arranjado que beneficiará os negócios da família. No entanto, alguns planos são traçados sem seu conhecimento e o que era para ser uma visita ao avô doente passa a ser o seu maior pesadelo: a jovem percebe que terá de abandonar sua rotina para viver em um lugar cheio de bichos e pessoas simples. Diante de um cenário diferente, a vontade de pintar e o despertar de um novo amor a colocam diante do dilema: qual é o limite entre o dinheiro e o amor, a fama e a inspiração? 

Mês passado ganhei este livro em uma live que a Editora Coerência fez e eu não fazia ideia do que esperar da leitura de “Horizonte Azul”. O que eu sabia era: o nome da autora e que na capa havia a silhueta de um caubói. Aqui cabe o comentário do quão bonita está a arte da capa e o quão reflete bem a história da obra. 

Deixa eu contar um pouquinho para vocês sobre a história. Tudo começa em Campares, em um aniversário, e o leitor logo é apresentado a duas famílias interligadas, mas de realidades completamente diferentes. 

20 anos mais tarde, em São Paulo, conhecemos melhor a protagonista Antonella, uma jovem que foi criada cercada de luxo, riquezas, porém privada de realizar seu desejo de ser pintora e arranjada para um marido bom para os negócios de seu pai. Longe dali em Campares está Álvaro, avô de Antonella, um senhor já não anda muito bem da saúde, dono de uma grande propriedade rural, com o sonho de que um dia sua neta herde a fazenda e goste da vida interiorana. 

Mas como isso será possível? Em uma visita ao avô doente, Antonella conhecerá Bento, que diferente dela, batalhou muito para conseguir as coisas. Cursou medicina veterinária, estudou bastante, e trabalhou muito com Álvaro para manter a fazenda. A protagonista agora terá de abrir mão da vida em São Paulo e se acostumar com o interior e leitores, preparem-se, pois, o caubói que irá mexer com a cabeça e com o coração da mocinha. 

“Ah, caubói, parece que está querendo laçar meu coração.” 

A autora Natalia Moreno construiu muito bem os personagens e o amadurecimento de Antonella durante a narrativa é muito bonito. Meu personagem xodó não foram um dos protagonistas, mas sim Álvaro, o vovô fofinho.

 

Eu comentei no começo da resenha, mas a diagramação e edição como um todo está muito bonita. Logo no começo há uma lista de músicas “para embalar a leitura” e é engraçado como a autora escolheu músicas que eu conseguia visualizar em cada parte da narrativa. 

“Eu pedi esse tempo porque achei que seria suficiente para que aprendesse a gostar daqui, e é só o que peço. Se você realmente ficar, serão os meses mais felizes da minha vida depois de muito tempo.” 

Esta obra foi narrada por um narrador-onisciente, ou seja, ele conta a história em 3ª pessoa, mas revelava as vozes interiores de Antonella em 1ª pessoa. A leitura foi muito fluida, e a descrição dos cenários e paisagens foi tão bem-feita que o leitor consegue se imaginar naquela cena. 

Foi muito gostoso conhecer essa história e os personagens. Parabéns para a autora que conseguiu descrever tão bem os sentimentos e situações que ao término da narrativa tive vontade louca de pintar paisagens e ir para um lugar calmo e respirar ar puro. 

“ – Algumas vezes, se você demorar a se decidir, o destino dá um jeito de dar um ponto final. Talvez o seu seja o ponto para começar um novo parágrafo.”