22 de fevereiro de 2020

[Resenha] Peter Pan

🌟🌟🌟🌟🌟
Peter Pan 
Título Original: Peter Pan 
Autor (a): J. M. Barrie 
Editora: Martin Claret 
Ano: 2017
Número de Páginas: 256 
Adicione à sua estante: Skoob  
Sinopse: Publicado em formato de livro por J. M. Barrie em 1911, retrata o encontro do menino que não queria crescer com os três filhos da família Darling. Os quatro embarcam em uma aventura inesquecível que começa no céu de Londres e os leva à Terra do Nunca. Ali, encontrarão outros personagens icônicos, como o Capitão Gancho, o crocodilo, as sereias e os índios. A obra continua sendo um sucesso entre todos os públicos, com sua temática nostálgica e divertida. Esta edição possui ilustrações e um apêndice especial.

Peter Pan é um grande clássico que para mim foi das telonas para às páginas. Toda a história de Peter Pan que eu conhecia era principalmente aquela do desenho da Disney (1953) e uma que gosto muito é a do filme Peter Pan (2003). Mas ler a obra original, eu nunca havia lido, até o momento. 


Aproveito aqui para parabenizar à Editora Martin Claret por este livro maravilhoso. A edição é em capa dura, cada capítulo se inicia com uma ilustração linda de Weberson Santiago. A diagramação está impecável, ou seja, uma edição de colecionador. 

Vamos à história! Quem não se lembra da Terra do Nunca, de Wendy, dos meninos perdidos, do Capitão Gancho, da Sininho e claro, do menino que nunca quis crescer? 

Logo no início da narrativa somos apresentados à família do Sr. e Sra. Darling, que possuem três filhos: Wendy, João e Miguel. Na cabeça das crianças, um personagem muito conhecido era Peter Pan, e eles contavam histórias estranhas sobre ele, e a Sra. Darling nunca entendia de onde vinha aquele misterioso menino. Um belo dia Peter aparece de fato na janela das crianças e os leva para a Terra do Nunca, e lá eles conheceram seres que nunca imaginariam ver. 

“Ele fez este terrível juramento: “Dessa vez será o Capitão Gancho ou eu”.”

Peter não vive sozinho nesta Terra, em sua companhia estão os meninos perdidos, e Sininho, uma fadinha que a todo momento o leitor fica na dúvida sobre seu real papel na trama: heroína ou vilã, ou nem um nem outro, apenas uma personagem secundária que será bem mais abordada em desenhos da Disney? E claro que todo livro têm os verdadeiros vilões: os piratas, em especial Capitão Gancho! E são narradas as aventuras de Peter e a briga eterna com o Capitão e seus bucaneiros. Todo o cenário é muito bem fantasiado e com riqueza na descrição de cada criatura como as sereias, fadas, índios, piratas. 

A trama é narrada do ponto de vista do autor e ele conta os fatos do que se passa para o leitor, muitas vezes até conversando e chamando atenção para os detalhes. Uma coisa que eu sempre me questionei, e que de fato na obra original não é citado, é a origem de Peter e o que o fez levar a vida do menino da Terra do Nunca. 

O personagem de Peter, confesso que me irrita bastante e não pela vontade de não crescer, mas sim pela arrogância e prepotência que várias vezes é demonstrado na narrativa. Mas em sua defesa, justamente por não ser muito mencionado sobre seu passado, não há como saber sobre seus traumas os quais o levaram ser assim. 

Algo que realmente me identifico com a obra (e quem nunca?) é o famoso dilema: quando criança queria logo crescer, ser adulta, e quando finalmente adulta dava tudo para voltar a ser criança. Claro que muita coisa eu dispensava, mas principalmente não ter as preocupações, ter a inocência, e das risadas que frequentemente eu dava. Ou seja, é compreensível o desejo de Peter viver para sempre na Terra do Nunca e nunca crescer. 

“– Veja, Wendy, quando o primeiro bebê riu pela primeira vez, sua risada se rompeu em mil pedaços que saíram por aí aos saltos, e essa foi a origem das fadas.”

Apesar de muito parecidos, filmes, desenho e livro, a obra literária publicada por J. M. Barrie em 1911 me deu uma riqueza bem grande de detalhes sobre o mundo de Peter Pan. Os finais são bem diferentes e a versão da Disney é bem mais infantilizada e sonhadora. 

Outra particularidade desta versão que vale a pena mencionar é um apêndice ao final do livro, com detalhes sobre o autor, sobre os personagens, sobre o cenário e várias referências e sites que mostram mais sobre a história de Peter. 



Ao final da leitura, o leitor é envolvido com o pozinho mágico, e muitos pensamentos felizes passam em nossas cabeças e dá até vontade de sussurrar: “eu acredito em fadas...”. 

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