[Resenha] Provence - o lugar onde se curam corações partidos

🌟🌟🌟🌟🌟

Provence – o lugar onde se curam corações partidos 

Título original: The Provence Cure for the Brokenhearted 

Autor (a): Bridget Asher 

Editora: Novo Conceito 

Ano: 2017 

Número de páginas: 368 

Adicione à sua estante: Skoob

Sinopse: “Eis uma forma de colocar a coisa: a perda é uma história de amor contada de trás para frente... Toda boa história de amor guarda outra história de amor escondida dentro dela.” A vida de Heidi com o filho Abbot tornou-se um jogo para manter viva a memória de Henry, bom pai e marido exemplar. Manter uma vida normal em um mundo em que Henry não existe mais está cada dia mais complicado. Heidi precisa lidar com o filho que se tornou um verdadeiro maníaco por limpeza e com a sobrinha Charlotte, uma adolescente problemática. Uma casa em Provence, na França, que pertence à família de Heidi há gerações, é rica em histórias de amor e surpreendentes coincidências. Heidi e sua irmã mais velha, Elysius, passavam os verões lá quando crianças, com sua mãe. Mas a casa, as lembranças e os segredos de Provence haviam ficado no passado, mas agora, com o incêndio na propriedade, a casa precisa ser salva por Heide. Ou será que é Heide que precisa ser salva pela casa? Uma história de recomeço, amor e esperança em face à perda, onde uma pequena casa na zona rural do sul da França parece ser a responsável por curar corações partidos há anos. “Devemos ser sinceros quando o mundo não faz sentido...” 

"O lugar para se curar corações partidos" 

Eu não estava de coração partido quando li “Provence”, mas certamente ele aqueceu meu coração e me arrancou suspiros. 

A narrativa é toda na primeira pessoa, na visão da protagonista Heidi. A história começa com Heidi contando sobre a perda de seu marido que faleceu em um acidente de carro deixando-a com seu filho Abbot. Na tentativa de manter sempre a memória do pai viva para o filho, Heidi conta para Abbot cada história de Henry e Heidi desde quando eles se conheceram, o casamento, até o nascimento do filho. 

“Eis uma forma de colocar a questão: a perda é uma história de amor contada de trás para frente.” 

No dia do casamento de sua irmã Elysius, Heidi descobre que a antiga propriedade de sua família em Provence pegou fogo, e sua mãe a pede para viajar e reformar a parte danificada da casa. E essa não é apenas uma casa comum, é uma casa recheada de histórias e milagres, que Heidi se lembra de quando criança, quando visitava Provence com sua mãe e irmã. Até este momento, o livro está na primeira parte, e logo é dividido na parte II. 

Na tentativa de um novo início de vida, Heidi viaja com seu filho Abbot, e de quebra com a enteada de sua irmã, Charlotte de 16 anos para o sul da França. A partir daí a família viverá aventuras, sufocos, aprenderão novos idiomas, costumes, e acima de tudo, aprenderão o que realmente importa na vida. 

A história foi muito bem construída e era muito gostoso ler e acompanhar a saga e os sentimentos de Heidi nessa nova empreitada. Certamente romance e drama são os carros chefes da obra, mas não se engane pensando que será uma obra de mais do mesmo, pois certamente Provence irá te surpreender. 

“Quando você se sente fechada e começa a se abrir, o que volta a vida primeiro? Você pensa em todos os suspeitos de sempre: as sensações, o coração, a mente, a alma. Mas então talvez todas essas coisas estejam tão conectadas que você não consiga diferenciar uma palpitação no peito de um aroma, um murmúrio da alma de uma brisa que atingiu sua pele, um pensamento de um sentimento, um sentimento de uma prece.” 

A edição está maravilhosa. A capa chama muito atenção, a diagramação está linda e ao final do livro o leitor é surpreendido com algumas receitas. Outra curiosidade é que algumas das situações que a protagonista passa na obra, a autora também passou na vida real e ela relata um pouco sobre isso ao final da obra. 

Por fim eu digo que é estranho descrever o que senti ao ler essa obra. Quando me perguntavam, você está gostando, eu sempre dizia que apesar dos relatos muito tristes da perda da protagonista, de alguma forma suas histórias me faziam acreditar que o amor se expressa de várias formas diferentes e que há sim como curar corações partidos. 

“O amor é infinito. A tristeza pode levar ao amor. O amor pode levar à tristeza. A tristeza é uma história de amor contada de trás para a frente, da mesma forma que o amor também é uma história triste contada do fim para o início. Toda boa história de amor tem muitos outros amores escondidos dentro dela.”